Edson cobra liberação de medicamento contra o câncer
Vereador apresenta Moção à Anvisa e para senador da República; remédio custa R$ 0,10 e já curou doentes
Publicado em: 07 de outubro de 2015
“Infelizmente o dinheiro está falando mais alto que a vida humana”. Esta foi a maneira que o vereador Edson Souza de Jesus (PRP) encontrou para classificar a situação envolvendo a demora pelas autoridades competentes na liberação da fosfoetanolamina sintética, droga que os cientistas acreditam ser a cura para o câncer e que já obteve resultados positivos.
O assunto veio à tona através do senador Ivo Cassol (PP/RO) durante pronunciamento no Senado Federal na última terça-feira (29). Segundo o senador, o novo medicamento é muito mais barato e eficaz, podendo gerar uma economia de bilhões de reais ao Sistema Único de Saúde (SUS).
No entanto, Cassol avalia que não há interesse dos laboratórios em produzir remédios de baixo custo, nem das unidades hospitalares em receitá-los. Ele classificou o “esquema podre” dos laboratórios como um escândalo “pior que o da Petrobras” por comprometer vidas humanas.
Ivo Cassol acusou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de fazer o jogo dos laboratórios ao criar dificuldades para o registro de remédios alternativos e manifestou temor de que a descoberta da Universidade de Sao Paulo (USP) seja implementada em outros países e vendida ao Brasil a preços elevados. Ainda de acordo com o senador, testes foram realizados em Jaú na década de 90.
Jesus apresentou Moção de Apoio ao senador e de Apelo à Anvisa para o órgão agilizar a liberação do medicamento. “Infelizmente estão brincando com a vida humana. Todos sabem que a indústria da saúde gera bilhões ao ano e há o interesse de muitas pessoas em lucrar com esse mercado”, afirma o parlamentar.
Cada cápsula custa apenas R$ 0,10.
“Como agência reguladora, defensora da saúde de seu povo, tem a Anvisa obrigação legal de tratar do assunto com prioridade máxima, para liberar o medicamento à população urgentemente”.
A substância era entregue gratuitamente no campus da USP de São Carlos, mas uma portaria de 2014 alegou que a medicação deveria ter todos os registros necessários antes de ser distribuída para a população. Como as cápsulas não têm licença da Anvisa, foi liberada somente através de decisão judicial, porém uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu as autorizações.
“Mas e se o uso desse remédio for a última saída para os doentes?”, questiona o vereador.
Publicado por: Gabriel Pizzo Ottoboni - Assessor de Comunicação, Cerimonial e Eventos
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