Hospital não paga conta de energia elétrica desde setembro de 2019

Também há parcelas atrasadas referente a acordo celebrado no mesmo ano; dívida é de R$ 470 mil e CPFL alega que entidade mostra-se desinteressada em quitar a dívida e trata a questão de forma desidiosa e oportunista

Publicado em: 15 de setembro de 2021

A Associação do Hospital e Maternidade São José não paga as contas de energia elétrica desde setembro de 2019, além de três parcelas de acordo celebrado no mesmo mês de aproximadamente R$1 milhão. As informações são da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e foram encaminhadas à Câmara Municipal através de ofício assinado pelo gerente de serviços comerciais Pedro Cesar Andreo de Aro – o documento também foi enviado para a Câmara de Igaraçu do Tietê e para o Ministério Público (MP).

 

De acordo com a empresa, as 25 contas de energia elétrica e as três parcelas do acordo totalizam débito (sem encargos moratórios) na ordem de R$ 477 mil. A CPFL pede que o valor seja incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA) no sentido de provisionar recursos e assim garantir o pagamento.

 

No ofício enviado ao Poder Legislativo, a CPFL teceu duras críticas à administração do hospital. A empresa alega que por diversas vezes tentou uma solução amigável para minimizar o problema, inclusive disponibilizando projeto de eficiência energética para a entidade e propondo o parcelamento da dívida, além da concessão de outros benefícios. “O hospital mostra-se desinteressado na quitação da dívida, acumulando a cada mês um débito a mais, tratando a questão de forma desidiosa e oportunista”, afirma.

 

A CPFL alega também que a postura do hospital prejudica de modo direto todos os usuários de energia elétrica localizados em sua área de concessão. “Parte do prejuízo gerado pelo hospital compõe a metodologia do cálculo de revisão da tarifa, encarecendo o valor pago pelos usuários, além de prejudicar o investimento na rede pública, como sua ampliação e incremento”.

 

Ainda de acordo com o comunicado, não se trata de mero interesse privado da CPFL, mas de interesse público adstrito à própria característica do serviço prestado pela empresa, “socialmente relevante e garantidor de direitos essenciais à população”. “É certo também que um hospital sem fins lucrativos descumpridor de suas obrigações não pode e nem deve receber subvenção da prefeitura”.

 

Presidente da Câmara de Barra Bonita, o vereador Fantin (PTB) participou de várias reuniões entre representes da empresa e do São José, porém afirma que não houve acordo entre as partes. “Daqui a pouco, a nova dívida chegará em R$ 1 milhão, que é o valor do acordo da conta anterior”, lamenta o parlamentar. Ele disse que pretende ir nos próximos dias até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), em São Paulo (SP), para se reunir com deputados e solicitar emendas parlamentares com o objetivo de diminuir a dívida da entidade com a CPFL.

 


Publicado por: Câmara Municipal

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